Essa opção faz
o Senado ter poder no processo, mesmo com menos integrantes no Congresso.
Em um sistema
unicameral, a Câmara sairia fortalecida, já que possui a maioria dos
parlamentares. Ela detém 86% do total, como analisou a Folha de S. Paulo neste
sábado (27). De acordo com
o jornal, “não está claro ainda o que ocorreria se o Senado rejeitasse, por
exemplo, o resultado da Câmara“.
A Folha apurou
que o assunto de eleição bicameral foi abordado discretamente na reunião de
líderes do Senado na última terça-feira (23). Eunício respondeu a um dos
presentes que eventuais eleições indiretas devem ser feitas separadamente nas
duas Casas.
Entenda
Caso Temer caia,
a Câmara dos Deputados defende eleição indireta unicameral, ou seja, os votos
são computados tanto dos deputados quanto dos senadores, de forma única. Nessa
situação, os deputados federais teriam vantagem para escolher o presidente,
pois são 513 contra apenas 81 senadores.
Já o Senado,
prefere votação bicameral (duas eleições distintas, uma feita pelos senadores e
outra pelos deputados). Um consenso nesse sistema é mais trabalhoso, mas a
Câmara Baixa e a Câmara Alta teriam, ambas, peso na escolha, não importando
apenas a quantidade de integrantes.
Na votação
unicameral, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sai fortalecido. Na
bicameral, o Senado entra na disputa, e o nome de Tasso Jereissati ganha
relevância.
Ceará News 7
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