O procurador
da Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB), estuda entrar com um pedido de
retratação contra o presidente nacional interino do PSDB, Tasso Jereissati,
devido ao programa partidário tucano divulgado ontem (17), em cadeia nacional
de rádio e televisão. Marun era um dos mais enérgicos defensores do deputado
cassado Eduardo Cunha e, agora, é um dos homens da linha de frente do
presidente Michel Temer (PMDB) na Casa.
Marun deve se
reunir com aliados da bancada do PMDB e do Planalto para acertar os moldes da
ação. Segundo o deputado, “a partir do momento que os parlamentares são
agredidos de forma direta, indireta ou genérica por atitudes tomadas no seu
mandato ou por mentiras dirigidas a eles em função do exercício do seu mandato,
a procuradoria pode atuar”.
No programa
partidário tucano, o PSDB afirma que o Brasil vive um modelo de
“presidencialismo de cooptação”, no qual “políticos negociam vantagens
pessoais” com o Executivo” em troca de apoio no Congresso Nacional. Para Marun,
“exite uma óbvia sugestão de que emendas parlamentares poderiam ser uma forma
de negociação, o que é ofensivo aos princípios até dos próprios parlamentares
do PSDB”.
Tasso já
afirmou não se arrepender do conteúdo da peça e que a população precisa “ver
posições diferentes” diante da atual crise política. O conteúdo do programa
acabou gerando desconforto no Palácio do Planalto e incômodo na ala governista
do PSDB. O senador cearense, desde quando assumiu a presidência, defende o
desembarque da sigla da base do presidente Michel Temer.
Durante os
cinco primeiros meses de 2017, Temer havia liberou R$ 529 milhões em emendas
parlamentares. Em junho, às vésperas da votação pela continuidade das
investigações contra Temer na Câmara, o esse valor subiu para R$ 4,5 bilhões.
Ceará News
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